Será que conteúdo é “vacina” para atrair clientes?

Mesmo antes da pandemia do COVID-19, o marketing de conteúdo era uma estratégia de alta eficiência para gerar engajamento e atrair futuros clientes para a marca. Mas uma coisa que não podemos deixar de notar é o seu crescimento durante os períodos de quarentena, principalmente porque as pessoas tiveram mais tempo para navegar nos canais digitais e conhecer novas possibilidades. Mas será que com a diminuição da pandemia, o marketing de conteúdo ainda terá forças?

A resposta é SIM. O marketing de conteúdo é uma estratégia de comunicação digital que está não só atraindo novos usuários para executarem o marketing do negócio, como também pessoas aleatórias que se esbarram em um conteúdo que anteriormente não era interessante, mas que passou a chamar a atenção. Para estes casos, o marketing de conteúdo é um norteador para a jornada do cliente, que ao se deparar com algum produto vai conhecendo suas propriedades aos poucos até tomar a decisão de compra.

E é importante ressaltar que o novo comportamento adquirido na pandemia foi automatizado, logo não será desprezado após a normalidade e sim incorporado ao cotidiano. E quem provou de conteúdo interessante, eficiente e que despertou a curiosidade para algo que ele nunca buscou, com certeza estará buscando novidades no meio digital.

Mas conteúdo pode ser considerado uma estratégia vacina?

Na verdade, podemos comparar o marketing de conteúdo com vacina na questão de criar uma “imunização” de clientes na busca de produtos e serviços pela internet. E para exemplificar a comparação, vamos explicar alguns pontos:

Imagine que a “doença” seja a busca convencional de produtos e serviços. As pessoas ainda não possuem conhecimento completo da dor, ou necessidade que apresentam. Dai utilizam os mecanismos de busca acessando os primeiros anúncios que encontram e fecham uma compra. Resultado: podem solucionar o problema, atende-lo parcialmente ou ainda continuarem com a dor.

Outro sintoma da “doença” é o grande investimento em anúncios que a empresa precisa fazer para garantir que seu produto esteja nas melhores posições do Google ou seja exibido a todo momento no Facebook ou dentro de jogos digitais para que o jogador ganhe recompensas.

No marketing de conteúdo, a pessoa muitas vezes nem desconfia que possui uma dor e acaba descobrindo ao acessar um conteúdo relevante que o desperta para essa realidade. E essa é a grande sacada do conteúdo, porque para complementar a jornada do cliente, ele será distribuído de acordo com o aumento do conhecimento do possível cliente com sua dor. Para ficar mais claro, colocaremos em tópicos:

  • Doença:

Desconhecimento da dor e compra aleatória pelo cliente, além da necessidade de venda pela empresa

  • 1ª dose da vacina:

Conteúdo atrativo que mostra ao cliente que ele tem uma dor e que ela precisa ser curada, mas ele ainda não sabe qual tratamento. É um momento de empatia com cliente e o problema que ele apresenta

  • 2ª dose da vacina:

Conteúdo que demonstra a solução para a dor do cliente, que ela pode ser curada de forma eficiente e eficaz, trazendo diversos benefícios

  • 3ª dose da vacina:

Já é uma informação mais profunda que mostra exatamente como a solução apresentada vai atender cada um dos problemas que o cliente possui, deixando-o a par de todo os processos e que aquele produto ou serviço é a solução mágica para resolver todos os problemas

  • 4ª dose da vacina:

O cliente já não tem mais aquela mentalidade de comprar aleatoriamente e com o seu conteúdo ele entendeu exatamente qual dor ele possui, que ela tem tratamento e que seu produto ou serviços é a solução ideal para acabar com ela de forma definitiva. É o momento de fazer a oferta, pois nesta fase seu cliente já está pronto para a compra.

Neste exemplo utilizamos “4 doses da vacina”, mas é claro que o tempo entre o primeiro conteúdo e a oferta pode variar de acordo com o público, tipo de produto ou serviço e algumas outras variantes. Mas o importante é “imunizar” o cliente da prática antiga de compra e fazê-lo entender que se ele souber exatamente o que precisa, fará uma compra muito melhor para resolver seus problemas.

Tipo de conteúdo para as “doses da vacina”

Não existe uma regra clara de qual tipo de conteúdo é mais eficiente. Isso também vai depender do nicho, do público alvo e principalmente da disponibilidade da empresa em produzir conteúdo relevante. Hoje temos várias opções como podcasts, vídeos, iscas digitais, posts nas redes sociais, textos em blogs dentre outros. O importante é desenhar uma estratégia eficiente para utilizar cada formato no momento certo da jornada do cliente.

Para finalizar, reforçamos que a pandemia modificou comportamentos de mercado e que estes comportamentos vieram para ficar. Por isso, para quem quer investir em negócios pela internet é um ótimo momento, aproveitando que a familiaridade de pessoas com o meio digital aumentou drasticamente. 2021 será um ano de crescimento e oportunidades, então vale a pena ficar antenado o e criar as melhores estratégias para ter sucesso no mercado digital.

Sobre o Autor:

Graduada na área de Tecnologia da Informação, MBA em Gestão Estratégica de Projetos e pós-graduada em Gestão Estratégica de Marketing Digital. Fundadora da NetBusiness Marketing Digital em 2015, que deste então ajuda empresas nas suas vendas com Marketing Estratégico associada à Gestão de Projetos.

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